“Não é à toa que os testículos se encontram fora do corpo, num ambiente normalmente quatro graus abaixo da temperatura média de 36,5°C. Os testículos são bastante afetados pelos extremos de temperatura. Por isso, contam com a atuação de um músculo chamado ‘cremaster’, que os suspende e os aproxima do corpo para aquecê-los diante de baixas temperaturas, e os afasta para resfriá-los”, explicou o diretor científico do Fertility Medical Group, Edson Borges Junior.
De acordo com o especialista, a produção de espermatozoides diminui 40% a cada grau a mais na temperatura dos testículos. “Os espermatozoides são células diferentes das outras células encontradas no corpo humano. Normalmente, o homem ejacula mais de 60 milhões de espermatozoides por vez. Mas, devido ao aquecimento global, esse número pode cair pela metade ou menos ainda”.
Fertilização e gestação
Porém, como nos tratamentos de fertilização assistida as chances de gestação são maiores, muitos cientistas já pensam na possibilidade de futuramente a fertilização "in vitro" se tornar um serviço de saúde básico.
Ainda segundo Edson, são necessários em média, mais de dois meses para a contagem de espermatozoides voltar ao normal, após uma superexposição do homem ao calor excessivo. E se o objetivo for ter filhos, outras fontes de calor também precisam ser evitadas, como saunas, banheiras escaldantes, dirigir muitas horas um carro sem ar-condicionado ou usar notebook no colo por muito tempo. Além disso, quem trabalha em locais muito quentes, precisa fazer várias pausas durante o dia em ambiente fresco e não usar roupas grossas e apertadas.
Até o próximo post! 🐼
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